A Blinkx, uma empresa de busca de vídeos na Internet sediada em Londres, permitirá que os usuários ganhem dinheiro com os vídeos que exibem em seus blogs, sites de redes sociais ou páginas pessoais de web, caso concordem em inserir publicidade nos vídeos.
Ao combinar duas tendências de Internet - as redes sociais e o vídeo online - a uma oportunidade de gerar lucro, a Blinkx espera concorrer melhor com o YouTube, serviço de distribuição de vídeos controlado pelo Google, disse Suranga Chandratillake, fundador e presente da Blinkx.
O Google anunciou na última terça-feira que permitiria a sites que fazem parte de sua rede de publicidade usar alguns dos vídeos do YouTube e receber parte da receita publicitária que eles gerem. A Revver.com, que divide meio a meio com as pessoas que postam vídeos em seu site as receitas publicitárias que eles venham a gerar, também insere anúncios no começo e no final dos vídeos.
Mas a Blinkx vinha até o momento se concentrando em seu papel como serviço de busca de vídeos. A empresa, que foi criada pela produtora britânica de software Autonomy em maio, usa transcrições de diálogo em texto e tecnologia de reconhecimento visual para vasculhar os vídeos postados na Internet.
Na segunda-feira, a empresa começou a oferecer recursos de busca em francês, alemão e espanhol. Ela está indexando conteúdo de 200 fontes s européias e sites com mais de um milhão de horas de conteúdo de vídeo em idiomas que não o inglês, entre os quais Eurosport, Euronews, TF1, Elmundo, Le Monde e Spiegel TV.
Sob a nova proposta do Blinkx, lançado formalmente nesta quarta-feira em Londres, o sistema da empresa selecionará um anúncio relevante em seu catálogo e o colocará em um de dois lugares - ou em uma pequena janela transparente no pé da tela de vídeo ou em uma caixa colocada fora da moldura de vídeo, no topo da tela.
A cada vez que um usuário clicar em um anúncio, o site que hospeda o vídeo receberá parte do pagamento que essa visita gera. Os preços variam, de acordo com o anúncio, mas em geral são da ordem de alguns centavos de libra por visita.
"Dessa maneira, as pessoas que estão propelindo a revolução do vídeo poderão compartilhar das recompensas", disse Chandratillake.
Ele afirmou que a escolha da forma de exibição do anúncio caberia ao site que hospeda os vídeos, e acrescentou que os anúncios não causariam mais distração do que a publicidade em formato banner que é comum em páginas de Internet.
Muitos sites, especialmente os de redes sociais como o MySpace e o Facebook, permitem que usuários tomem vídeos de empréstimo e os exibam em suas páginas pessoais, mas em geral empresas profissionais de mídia, como a BBC, não autorizam essa prática.
Chandratillake acautelou que a receita que seria gerada para os blogs e outros sites que aceitem veicular anúncios não seria muito alta. "Na melhor das hipóteses, talvez o bastante para pagar as contas de Internet", ele disse.
Fonte: The New York Times / Tradução: Paulo Migliacci / Terra
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