segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

A São Paulo que a São Silvestre não vê

Percurso da corrida cruza locais que reúnem contrastes e peculiaridades da metrópole.
Mas na segunda-feira (31), atletas se concentrarão apenas na busca do menor tempo.

No caminho dos atletas, pontos tradicionais como o Theatro Municipal. Mas trajeto de 15 km também inclui pontos que costumam passar despercebidos até mesmo pelos paulistanos. (Foto: Patrícia Araújo/G1)

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Nesta segunda-feira (31), 20 mil atletas de vários lugares do mundo correrão 15 km no centro da maior e mais miscigenada cidade brasileira. Percorrendo o trecho com uma velocidade média de 2,86 m/s (ou até 5,7 m/s, caso alguém consiga atingir a marca do recordista da prova, o queniano Paul Tergat, feita em 1995), é difícil que algum deles perceba os contrastes e as peculiaridades que o percurso da Corrida de São Silvestre reserva para os que fogem tanto à correria dos esportistas, como a do dia-a-dia de São Paulo.

Infográfico mostra detalhes técnicos do percurso

Da largada da 83ª edição da competição, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), até a chegada no prédio da Fundação Cásper Líbero, ambos na Avenida Paulista, a cidade se mostra em vários ângulos: em prédios históricos, centros de cultura e lazer, praças arborizadas, padarias, lanchonetes, bares, na correria do comércio formal e informal, na prostituição e na miséria dos moradores de rua.

Dois dias antes da prova, o G1 percorreu cada quilômetro que compõe a mais tradicional corrida do país:

0 km (largada) – Centro de polêmicas nas últimas semanas por causa do roubo de um quadro de Pablo Picasso e outro de Cândido Portinari, avaliados em R$ 100 milhões, o Masp abriga algumas das principais obras de arte em posse do Brasil. No sábado, passar pela frente do museu era ver a mistura de grades, placas de patrocinadores e caminhões de transporte em meio ao público que rotineiramente circula pela região.

1 km – No cruzamento das avenidas Paulista e Consolação, desde novembro de 2005 a passagem subterrânea virou a sede da associação de livreiros “Via Libris”. Depois de uma confusão com a Prefeitura, em que alguns livreiros que trabalhavam na região da Augusta e Paulista chegaram a ser presos, esses profissionais decidiram se reunir e, após muita negociação, conseguiram autorização para revitalizar a área da passagem e criar um enorme sebo. Além da venda que os sustenta, os livreiros do lugar ainda participam do Projeto Equilíbrio, em parceria com o HC, em que procuram recuperar jovens ex-usuários de drogas, por meio do contato com livros.

2 km – Tombado em 2005, o Cemitério da Consolação abriga cerca de 8.500 túmulos. Desse total, pelo menos 200 são considerados de grande valor histórico e artístico. Alguns túmulos possuem obras de Breccheret, Nicolina Vaz Muniz e Francisco Leopoldo e Silva. Várias personalidades como Monteiro Lobato, Marquesa de Santos, Tarsila do Amaral, Mário e Oswald de Andrade, Ramos de Azevedo, Bruno Giorgi e Galileo Emendabile foram sepultados no local.

3 km – Nas proximidades com a Praça da República, a Avenida Ipiranga sede espaço para o comércio informal. Ambulantes circulam por toda área e não é difícil vê-los correndo ao perceberem a presença de qualquer carro policial.

4 km – Na Avenida São João, poucos metros após o “cantado” cruzamento com a Avenida Ipiranga, a presença de africanos desperta a curiosidade sobre o porquê eles escolheram a região e qual a atividade que desempenham no local.

5 km – No início da tarde do sábado, podiam-se ver carros de emissoras de televisão percorrendo o Elevado Costa e Silva, mais conhecido como Minhocão, para filmar o percurso da corrida desta segunda.

6 km – Nas descida do viaduto, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, já é possível observar o Memorial da América Latina.

7 km – O Memorial da América Latina foi construído para abrigar eventos culturais e de lazer. O projeto arquitetônico do espaço é do arquiteto Oscar Niemeyer.

8 km – Ao longo da Avenida Norma Gianotti, no início da tarde do sábado era possível ver várias faixas da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informando aos transeuntes sobre a interdição da via para a realização da prova nesta segunda-feira.

9 km – A Avenida Rudge abrigou o Liceu Marechal Deodoro. Nela os corredores enfrentam um curto viaduto que leva em direção ao centro antigo da capital.

10 km – A Avenida Rio Branco já foi centro chique de São Paulo, servido de endereço para vários artistas como a cantora Elis Regina. Hoje, a área no centro perdeu boa parte da importância cultural, sendo usada como caminho ao Vale do Anhangabaú.

11 km – A beleza do Largo do Paissandu, nos últimos anos, passou a ser ofuscada pelos vários moradores de rua que circulam e dormem no local.

12 km – O Viaduto de Chá concentra a maioria dos prédios administrativos da cidade. Região de forte comércio, é nesta região em que prédios como o Theatro Municipal de São Paulo e monumentos, como o em homenagem a Antônio Carlos Gomes, se confundem com a apresentação de artistas de rua e o comércio de camelôs.

13 km – O início da Avenida Brigadeiro Luis Antônio concentra as principais casas de espetáculo da cidade.

14 km – Já próximo ao cruzamento da Avenida Brigadeiro Luis Antônio com a Avenida Paulista, o comércio de cosméticos, vestuários e papelaria é intenso.

15 km (chegada) – No início da tarde do sábado, vários trabalhadores terminavam a montagem da arquibancada . A imagem da fachada da Fundação Cásper Líbero se confundia com as vigas de ferro. Foi o homem que deu origem a fundação,Cásper Líbero, o responsável pela criação da corrida.

Fonte: G1

Ilha Kiritimati abre 2008 pelo mundo

Foto aérea de Kiritimati, uma ilha do oceano Pacífico que faz parte da República de Kiribati: é o primeiro local do globo terrestre a comemorar o Ano Novo. (Foto: Nasa/Reprodução)

A remota ilha Kiritimati, localizada no oceano Pacífico e também chamada de Ilha do Natal, é o primeiro lugar do globo terrestre a entrar em 2008 -exatamente às 8h pelo horário do Brasil.

Kiritimati faz parte da República de Kiribati, uma nação que compreende 33 ilhas. É uma região de grande potencial turístico, com águas claras boas para o mergulho e uma diversidade marinha enorme.

A ilha que inaugura o Ano Novo ocupa 70% de Kiribati e tem um perímetro de 150 quilômetros.

Ao todo, vivem em Kiritimati pouco mais de 5 mil pessoas. A ilha foi descoberta pelos europeus em dezembro de 1777 -exatamente na véspera do Natal, fato que lhe deu o nome.

Quinze minutos depois de Kiritimati, será a vez da ilha de Chatham, na Nova Zelândia, entrar em 2008.
Só três horas depois da primeira ilha do Pacífico é que as grandes cidades australianas, como Sydney, Melbourne e Canberra, vão comemorar o Ano Novo.

O Brasil só verá os fogos do réveillon 16 horas depois de Kirimati -quando os moradores dessa ilhota do Pacífico já estiverem indo trabalhar, ou ainda curando a ressaca das festas.

Fonte: G1

A Corrida de São Silvestre

Uma festa nas ruas de São Paulo

Em meio às comemorações de um novo ano, o povo de São Paulo aprendeu a conviver com uma outra festa: a Corrida de São Silvestre. Para os atletas, o clima e a receptividade do povo paulistano não poderia ser melhor. Logo cedo, no dia 31 de dezembro, as ruas da cidade anunciam o espetáculo, principalmente a avenida Paulista, ponto de chegada e partida de quinze mil corredores.

Prova foi disputa à noite até 1990
Acervo/Gazeta Press

Esse rito se repete há quase oito décadas. Tudo começou com o jornalista Cásper Líbero, que se inspirou numa corrida noturna francesa em que os competidores carregavam tochas de fogo durante o percurso. Era o ano de 1924. Depois de assistir ao evento em Paris, ele não teve dúvidas de trazer o projeto para São Paulo. À meia-noite de 31 de dezembro daquele mesmo ano foi disputada a primeira São Silvestre, que homenageia o Santo do dia.

A participação, contudo, ficou restrita aos homens e coube a Alfredo Gomes, atleta do Clube Espéria, escrever o seu nome na história desta prova como o primeiro vencedor. Naquela época, as corridas de rua eram praticadas de forma esporádica no Interior e na Capital paulista, o que acabou contribuindo decisivamente para o desenvolvimento do pedestrianismo no Brasil.

Cásper Líbero era um apaixonado pelo esporte e, mesmo diante das maiores dificuldades, como nas edições de 1932 durante a Revolução Constitucionalista, em que os paulistas lutaram contra outros estados do país, e em plena II Guerra Mundial, não mediu esforços para que a prova acontecesse. Quando veio a falecer, em 1943, a competição já tinha conquistado os paulistanos e continuou mais viva ainda.

Até a sua 20ª edição, a São Silvestre era disputada somente por brasileiros. A partir de 1945, assumiu caráter internacional com a presença de convidados do Chile e Uruguai. Depois disso, correram pela ruas de São Paulo atletas americanos, europeus, africanos e asiáticos. Na nova fase, o atletismo nacional saiu-se vitorioso somente nos dois primeiros anos, quando Sebastião Monteiro cruzou em primeiro a linha de chegada.

Quando a ONU instituiu o Ano Internacional da Mulher, em 1975, o jornal A Gazeta Esportiva, organizador da prova e de olho nos acontecimentos mundiais, instituiu a primeira competição feminina, que foi realizada em conjunto com a masculina, mas com a classificação em separado. A campeã da inédita prova foi a alemã Christa Valensieck, que voltou para repetir o feito no ano seguinte.

Diversas alterações ocorreram na estrutura da São Silvestre a partir de 1989 com o objetivo de aprimorar o seu nível técnico. Inverteu-se o sentido do percurso, separou-se a corrida masculina da feminina dando maior destaque a ambas e alterou-se o horário da prova para o período da tarde. Em 1991, o percurso foi ampliado para 15 mil metros, atendendo às especificações da Associação Internacional das Fedeações de Atletismo (IAAF) para poder integrar o calendário de provas de rua.

A 74ª edição ganhou mais duas novidades: chip para os corredores de elite e a abertura das duas pistas da Paulista para a chegada. As mudanças tiveram o objetivo de preparar a prova para a virada do século, bem como aumentar o número de participantes, ambas com sucesso.

Curiosidades

• O êxito das Voltas de São Paulo, cuja primeira edição foi realizada no dia 12 de outubro de 1918, e de Piracicaba (1919), além de outras competições a partir de 1921, em Taubaté, Iguapé, Sorocaba e Batatais incentivaram o jornalista Cásper Líbero a criar a Corrida de São Silvestre.

• Quando recebeu o convite da diretoria do Clube Regatas Tietê para participar da São Silvestre, Jorge Mancebo ficou em dúvida entre participar da corrida ou passar o réveillon com a família. Na segunda edição da prova, ele chegou na frente e faturou o título.

• O número de concorrentes da primeira São Silvestre foi bem pequeno: 60 esportistas se inscreveram e, destes, apenas 48 compareceram para disputar a corrida. Pelo regulamento, somente 37 foram classificados ao chegarem três minutos atrás do primeiro colocado. Atualmente, a competição do dia 31 de dezembro leva 15 mil participantes às ruas da Capital paulista.

• Por duas vezes, a São Silvestre registrou a presença de índios. Fisicamente aptos por causa do contato com a natureza, os nativos envolveram as edições de 1964 e 1982 em uma expectativa nunca antes registrada. Participaram da 40ª prova, uma equipe de cinco integrantes da Ilha do Bananal, sendo três das tribos Craós e dois Carajás. Na ocasião, um dos organizadores da corrida, Aurélio Bellotti, e o indianista, Willy Aureli, viajaram até o acampamento dos indígenas para orientá-los sobre os aspectos técnicos da disputa. Durante a competição, faltou aos índios a experiência e o condicionamento físico dos adversários. Graças à iniciativa, que teve o apoio da Funai, a 58ª São Silvestre contou com representantes dos Xavantes e Serenas. A primeira tribo trouxe dez corredores e a segunda três. Um grupo de dança típica se apresentou em Interlagos, completando a festa do último dia do ano.• A pior classificação do Brasil na Corrida de São Silvestre ocorreu em 1972. Nosso melhor atleta, Irides Silva, chegou apenas em 17º lugar.

• Campeão dos 5 e 10 mil metros na Olimpíada de Melbourne, na Austrália, o russo Vladimir Kutz era o grande destaque da 33ª São Silvestre. Entretanto, Kutz ficou somente com a oitava posição, não por falta de méritos. Ele caminhou pelas praias de Santos e o passeio lhe rendeu bolhas nos pés. O atleta russo teve uma carreira curta no atletismo internacional, porém, marcante. Além dos dois títulos olímpicos, Kutz quebrou sete recordes mundiais.

• A edição comemorativa dos 50 anos de São Silvestre teve a participação de estrelas de 29 países e a homenagem a antigos vencedores. Receberam o troféu Cásper o tcheco Emil Zatopek, o brasileiro Sebastião Alves Monteiro, o uruguaio Oscar Moreira, o chileno Raul Inostroza, o finlandês Viljo Heino, os belgas Lucien Theys, Gaston Roelants e Henry Clerck, o alemão Erik Kruzciky, o iuguslavo Franjo Mihalic, os ingleses Kennet Norris e Martin Hyman, o português Manoel Faria, o argentino Osvaldo Suarez, o francês Hamoud Ameurs, os colombianos Victor Mora e Álvaro Mejia Flores; os mexicanos Juan Martinez e Rafael Tadeo Palomares, o norte-americano Frank Shorter e o costa-riquenho Rafael Angel Perez.

• Anteriormente disputada à noite, a partir de 1989 a Corrida Internacional de São Silvestre passou a ser realizada às 17 horas (sendo às 15h15 para as mulheres). Historicamente, o equatoriano Rolando Vera é o único atleta a conquistar vitórias nos anos de mudança dos horários. Ganhador da prova durante quatro anos consecutivos, de 1986 a 89, Vera foi o vencedor da última prova disputada à noite (1988) e também da primeira promovida durante o dia, no ano seguinte. A curiosidade é que a também equatoriana Martha Tenório é a única mulher a ter vitórias na São Silvestre nos dois períodos: ela venceu em 87 e em 1997.


Fonte: Fundação Cásper Líbero

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Site lista as mulheres mais peitudas do mundo


Os seios de Samantha Fox são naturais

Jenna Jameson tem seios tamanho 32C

Pamela Anderson possui peitos tamanho 36DDD

A atriz pornô Kay Parker tem seios tamanho 38DD


A atriz pornô Amber Lynn fez implante de silicone nos seios

Miri Hanai é uma modelo japonesa tem 1,47m de altura e 93cm de peito

Savannah, atriz pornô norte-americana de curta carreira (1990 a 1994), usava sutiã tamanho 38DD

Com seios tamanho 53EE, Lisa Lipps foi uma das mais famosas atrizes pornô da década de 90


A ex-coelhinha Anna Nicole Smith usa sutiã tamanho 38DD


Lolo Ferrari fez diversas aplicações de silicone, e era tida como a dona dos "maiores peitos do mundo": 180 cm. Cada seio pesava 2,8 kg

A enciclopédia online Wikipedia tem agora um diretório que lista mulheres famosas por terem seios avantajados. A página, chamada List of big-bust models and performers (lista de modelos e performers com busto grande, em tradução livre) inclui detalhes sobre "celebridades peitudas" como Katie Price, Pamela Anderson e Traci Topps, além da lendária Lolo Ferrari, tida como "a mulher com os maiores peitos do mundo".

A lista de referência apresenta mulheres conhecidas por aparecerem em filmes adultos e em vídeos focados no fetiche de peitos grandes. Existe até uma subseção especial para as estrelas peitudas do Japão.

De acordo com o site Metro.co.uk, a única exigência para figurar na lista é ter os seios no tamanho DD - a partir de 100 cm na medida para o bojo do sutiã - e não importa se são naturais ou silicone.

Uma fonte da Wikipedia disse ao site Metro: "Estamos tendo tantas buscas por essas mulheres que decidimos criar uma lista com as favoritas dos internautas". Muitas das mulheres listadas, segundo a fonte, são atrizes de filmes pornôs, embora haja um grande número de modelos.

Fonte: Terra

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Sites de relacionamento invadiram a web em 2007

Centenas de milhões de internautas se renderam em 2007 ao frenesi dos sites de relacionamento, como o Orkut, o MySpace ou o Facebook, uma forma lúdica de troca de experiências que tem se mostrado rentável, mas também tem sido questionada por uma grande exposição da vida privada.

Das dez palavras-chave mais freqüentemente postas na ferramenta de busca Google este ano, sete são de sites de socialização, dentre os quais o britânico Badoo, o americano Facebook e o canadense Webkinz, um site para crianças no qual elas jogam com bichinhos de pelúcia virtuais que possuem amigos.

Cedendo à tentação de se expor em uma página pessoal, olhar a de outros e criar uma rede de "amigos" que compartilham gostos e desgostos, mais de 110 milhões de internautas se inscreveram no MySpace e 55 milhões no FaceBook, os dois sites mais concorridos do mundo, cujo número de membros aumentou em 30% e 100%, respectivamente.

Segundo a companhia especializada Comscore, os sites de relacionamento receberam 500 milhões de visitantes, um número que deve levar em consideração a ressalva de que um internauta utiliza, em geral, mais de um site. O fenômeno afeta a todos os países, onde não há apenas os dois pesos pesados americanos, mas também centenas de sites locais em plena ascensão, como o popular Orkut no Brasil.

O site Mixi no Japão reivindica oito milhões de membros e o Xiaonei, da China, diz ter seis milhões. Já na Coréia, 85% dos internautas do país estão inscritos no Cyworld, que conta com 18 milhões de usuários. Um em cada quatro americanos usa o MySpace.

A cada dia são criados novos sites, em que é possível participar das incontáveis e mais diferentes comunidades, que vão desde as mulheres ao volante, passando pelos fãs de Chaves e Capolin e terminando nas comunidades que reúne pessoas feias. Mas em 2007, houve também a multiplicação de usos cada vez mais invasivos dos sites.

"Uso o Facebook para fuxicar", reconhece Caroline, uma jovem francesa que vive em Nova York. "Olho o que os meus amigos fazem (no Facebook, todas as mudanças de páginas de uma pessoa são comunicadas a seus "amigos") e até já achei a foto do meu marido em uma festa, posta na Internet por um amigo dele".

"Bloqueei todos os acessos, não quero que se escrevam bobagens na minha página quando procuro por um trabalho", opinou, por sua vez, Daphné, outra francesa em Nova York que, como suas amigas, se sentiu tentada por esta forma lúdica de conhecer pessoas. Mas vários casos saíram a público nos Estados Unidos, ressaltando os excessos que esta moda permite, algo que, para os especialistas, marca uma nova etapa da internet mundial.

O MySpace e o Facebook também atraíram inúmeras pessoas que utilizam estes sites para cometerem crimes sexuais. Uma mãe, por exemplo, se inscreveu no MySpace com o perfil de um adolescente e assediou através do site uma amiga de sua filha, uma jovem de 13 anos que acabou por se enforcar. O caso freqüentou as primeiras páginas de todos os jornais.

Em outro exemplo do fenômeno, o Facebook - com o desejo de transformar seu sucesso em lucro - se vinculou a dezenas de empresas, permitindo-lhes a detectar em tempo real as compras dos membros de Facebook e comunicar estas informações a todos os seus "amigos". Uma avalanche de protestos finalmente obrigou à página a limitar este sistema.

Alguns estados americanos pediram aos sites que controlassem a idade de seus membros, e a Comissão Européia manifestou sua preocupação por sua intromissão na vida privada. Apesar disso, o crescimento dos sites de relacionamento continua: o mundo viu apenas "a ponta do iceberg", garantiu o responsável pelo desenvolvimento do MySpace, Amit Kapur, que acredita que este fenômeno é apenas "a evolução natural da Web".

Os sites de relacionamento participam, de fato, de uma Internet personalizada. O frenesi destas "redes sociais" ganhou também as esferas financeiras: o grupo Microsoft comprou recentemente 1,6% do Facebook por US$ 240 milhões. A este preço, o site, que ainda não movimenta dinheiro, vale US$ 15 bilhões, quase tanto quanto a General Motors.

É quase 30 vezes o valor ao qual foi comprado o site MySpace em 2005 por News Corp. Dados que alguns temem que cause a explosão de uma nova bolha, e suas naturais conseqüências.

Fonte: AFP / Montagem dos Logos: Jorge Tadeu

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As dez invenções mais bizarras de 2007

Na contramão do iPhone, aclamado como item de primeira necessidade entre os fãs de tecnologia, diversas novidades (eletrônicas ou não) ganharam destaque no ano de 2007 por, digamos, não serem muito úteis. Se isso for verdade, nenhum dos itens abaixo terá qualquer impacto em sua vida.
Pode ser inútil, mas é muito divertido. Esse chaveiro de 25 gramas tem oito botões que simulam os pequenos estouros desse tipo de plástico. E como se não bastasse tudo isso, o acessório ainda guarda uma surpresa: a cada cem estouros, ele faz um barulho diferente. US$ 7.
Ele sabe quando vai chover. Isso porque o guarda-chuva tem um receptor de rádio incorporado no cabo que recebe dados de clima de 150 localidades dos Estados Unidos. Pulsos espaçados significam que o usuário deve esperar chuva leve e pulsos rápidos indicam tempestade a caminho. US$ 125.
É sério. A camiseta tem um dispositivo que detecta quando é possível estabelecer uma conexão com a internet sem fio (Wi-Fi). Além de ser útil aos geeks da redondeza, diz o site ThinkGeek, você ainda vai causar uma boa impressão entre as garotas fãs de tecnologia. “Pode nos agradecer depois”, diz a página. US$ 30.
Sim, é isso mesmo. “C.H.I.M.P é um sistema que lhe mostra a hora de voltar à planilha, quando seu chefe de repente aparece”, diz o anúncio do produto. “Você apenas olha para ele e, de forma mágica, com seus poderes invencíveis, o acessório mostra o que está atrás de você”, continua o texto com tom de piada. US$ 10.
Incenso virou coisa da idade da pedra, depois da criação desse queimador de óleo em formato de USB. É isso mesmo: você pinga o líquido cheiroso sobre o dispositivo, conecta ao computador e, quando ele esquenta, libera um odor agradável pelo ambiente. US$ 7.
O título já diz tudo. O motor desse acessório “refrescante” funciona via USB - isso significa que pode ser plugado no desktop do escritório ou até no notebook, para garantir mobilidade aos seus usuários. Se clicar no link acima, verá pela cara do garoto -propaganda que é um item indispensável para o verão. US$ 26.
E não é que o acessório acende quando seu telefone celular toca? Mas para isso, a pulseira precisa estar próxima do aparelho - caso contrário, ela não será capaz de desempenhar sua função super útil. =) O mesmo fabricante também oferece esse tipo de alerta em canetas. UAU! US$ 21.
Esse é um produto para cozinha e dispensa a necessidade de ter de encostar no papel toalha e puxá-lo. Óóóóóóóóóóóóó, realmente incrível. Essa “mágica” só é possível graças ao uso de um sensor, como aqueles de banheiro de shopping, que sabe a exata hora de oferecer o papel. “Previne a contaminação de germes e economiza papel”, diz o fabricante. US$ 70.
Tudo bem. A gente concorda que cortar as unhas dos pés é útil. Mas para fazer isso você definitivamente não precisa de um cortador que tenha uma lupa acoplada. Ah, mas ela pode ser removida, dando assim origem a um… cortador de unha tradicional. US$ 10.
Agooooora sim ficou fácil tomar sorvete. Isso porque esse cone motorizado (!) roda sozinho, evitando todo aquele esforço de lamber o sorvete de todos os lados. Basta colocar a iguaria dentro do cone e se deliciar - não se esqueça das duas pilhas AA, pois elas não estão inclusas. US$ 13.

Fonte: Juliana Carpanez (G1)

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

FELIZ NATAL A TODOS

UM FELIZ NATAL PARA VOCÊ!

A lista das listas

Final de dezembro, hora de fazer o balanço do ano que terminou. Para isso, nada melhor do que dar uma olhada nas listas — as “top ten” – daquilo que fez sucesso em 2007. Mas como a revista “Time” já fez 50 delas, mostrando o melhor do ano em diversas áreas (confira aqui), decidimos criar por aqui a lista das dez melhores listas de 2007, a maioria em inglês. Confira nossa seleção e acrescente as suas favoritas nos comentários!
Seleção da “Time” mostra alguns dos vídeos que lhe divertiram (ou irritaram) durante o ano. E lá estão Chris Crocker, o fã histérico de Britney Spears, o discurso nonsense da Miss Teen da Carolina do Sul e a coreografia de “Thriller” em uma prisão filipina.

9 – Dez (melhores e piores) aparelhos eletrônicos
Queridinho dos fãs de tecnologia, o iPhone apareceu com destaque no ranking dos melhores eletrônicos da “Time” . Na contramão, o site de tecnologia “Cnet” listou os piores produtos de todos os tempos, incluindo aí o sistema operacional Windows Vista e o bichinho virtual Tamagotchi.
A empresa de recuperação de dados Kroll Ontrack divulgou um ranking um tanto bizarro, com uma câmera digital que saltou de pára-quedas, o disco rígido que recebeu óleo para parar de fazer barulho e o notebook que deu um mergulho no lago.
No ranking do Neatorama, tem um ladrão que se incendiou ao tentar roubar uma loja, outro que dormiu embaixo da cama de sua vítima e aquele que roubou um carro para se entregar à polícia. Mereceram entrar na lista.
Também do Neatorama, essa lista tem o menor urso de pelúcia, o menor homem, a menor escola, o menor site, a menor panqueca, o menor violino, o menor gato e até a menor privada do mundo – esta última só foi criada graças à nanotecnologia.
O site de tecnologia “Cnet” lembra alguns casos em que a tecnologia não facilitou as vidas de seus usuários. Felizmente, essas máquinas do mal são todas tiradas de filmes (muitos de ficção científica); confira onde elas apareceram e quais suas frases ameaçadoras.
Aqui, os fãs de tecnologia mostram que tem habilidades manuais (ou conhecem alguém que tem). Chapéu de Yoda feito de crochê, meias com imagens do jogo “Space Invaders” e Atari de crochê são alguns dos itens que aparecem no ranking do blog Thread Banger.
O Brasil aparece nessa lista da Daily Bits com o seqüestro do jogador DuduMagik, que foi forçado a entregar a senha de sua conta no jogo “Gunbound”. Mas ficou faltando a história de Aguinaldo César Alves, estudante de Campinas que foi atingido por um raio quando jogava “Mortal Kombat”.
Do Inventor Spot, a lista inclui camisinha para o telefone celular (!), acessório na versão astrológica e até esquilos que usam a proteção como chapéu. Uma camisinha também apresenta em sua embalagem um super-herói, dando o bom exemplo a seus fãs.
Cobra dentro da garrafa de whisky. Salsicha com mel. Chocolate com formato de barata. Ovo de formiga. Inseto em molho tailandês. Nessa lista, o site Inventor Spot caprichou.

Fonte: Juliana Carpanez do G1 (Este post foi publicado em Tech & Games, Segunda-feira, (24/12/2007)

sábado, 22 de dezembro de 2007

Navio de 800 anos é resgatado do mar da China

O navio foi retirado do mar em uma caixa de 30 m de largura

Trabalhadores de resgate na China retiraram nesta sexta-feira do fundo do mar um navio que afundou há cerca de 800 anos com uma carga de milhares de artefatos raros, como porcelana, ouro e moedas de prata.

Em uma operação delicada no Mar da China Meridional, um guindaste gigante elevou o navio Nanhai Número Um e o colocou em uma outra embarcação. Acredita-se que o navio e os tesouros são da Dinastia Song (960 a 1127). A descoberta pode ser uma das maiores já feitas sobre este período.

O navio será colocado em um tanque gigante de um museu em Yangjiang, cidade na província de Guangdong, no sudoeste da China. O tanque foi especialmente construído para recebê-lo, com condições de temperatura e pressão iguais às do local onde o navio foi resgatado.

Visitantes do museu poderão assistir aos arqueólogos enquanto eles trabalham para descobrir e retirar os tesouros perdidos de dentro da embarcação. O governo chinês investiu US$ 40 milhões para resgatar o navio.

Fonte: BBC Brasil / Foto: Reuters

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Cingapura anuncia primeiro GP de F1 noturno para 20h

Os organizadores do GP de Cingapura anunciaram o horário da primeira corrida noturna da história da Fórmula 1. A prova asiática será realizada no dia 28 de setembro de 2008, às 20h (local).

O horário escolhido não foi por acaso. Os organizadores esperam ter uma forte audiência na Europa, principal mercado da categoria.

"Será divertido para a população de Cingapura e para a F-1, mas espero que tudo esteja perfeito na questão de segurança", alertou o alemão Nico Rosberg, da Williams, em entrevista ao Electric New Paper.

A corrida em Cingapura será realizada nas ruas da capital do país. Será uma das três provas realizadas em pista de rua na temporada ao lado de Mônaco e Valência.

A empresa italiana Valerio Maioli será a responsável pela iluminação da pista e informa que a luminosidade será quatro vezes mais forte do que em um estádio de futebol.

"No entanto, a área de escape não será tão luminosa quanto ao resto da pista para não confundir os pilotos. A luz terá de ser controlada ocasionalmente. Caso os carros rodem ou fiquem parados em direção contrária, a visão do piloto não pode ser prejudicada", informou.

Fonte: Terra

domingo, 9 de dezembro de 2007

Sete pecados financeiros para abandonar em 2008

Pecado nº 1: Não colocar os gastos no papel

Essa é a primeira recomendação de nove entre dez consultores financeiros: se você não anota o quanto gasta, não tem como saber exatamente para onde está indo seu dinheiro. Comece do jeito que achar mais fácil: separe um caderno e escreva tudo o que gastar diariamente. Se preferir, organize tudo numa planilha no computador. O importante é não deixar passar nenhuma compra sem registro. Depois, será mais fácil analisar onde é possível cortar gastos e definir prioridades.

Pecado nº 2: Não conferir o extrato bancário

Entregar todo o dinheiro nas mãos do banco e nem acompanhar o que anda acontecendo com ele não é atitude de quem dá valor ao que ganha. Para o professor e consultor financeiro Rafael Paschoarelli, entender exatamente quais são as tarifas que o banco desconta da sua conta é fundamental. "Confira. Se não entender a cobrança, questione. Se não ficar satisfeito, ligue no Banco Central ou no Procon", diz.

Pecado nº 3: Não fazer planos com antecedência

Para o consultor financeiro Gustavo Cerbasi, um passo importante para evitar gastos desnecessários é planejar e sonhar com as realizações financeiras muito antes de acontecerem. "É importante conversar sobre os sonhos a dois, em família, e fazer metas e contas a longo prazo", diz. A recomendação serve para viagens, por exemplo. Roteiros de última hora em geral elevam as despesas com hospedagem e passagens. Olhe o calendário já em janeiro e analise as possíveis datas para viajar em 2008. A prática evita também as compras por impulso de coisas que não seriam prioridade. "Se você perder entre cinco e dez minutos por semana planejando seus gastos, já vai sentir mudanças", diz o consultor da IGF, Alexandre Lignos.

Pecado nº 4: Não reservar dinheiro para as contas anuais

IPTU, IPVA, material escolar, seguro do carro: não deixe as despesas cobradas fielmente todos os anos pegarem você de surpresa e deixarem um rombo nas suas contas. "Não vá empurrando para depois ver como que faz", diz o consultor Alexandre Lignos, da IGF. Já que são inevitáveis, vale deixar reservado um dinheiro para essas despesas: dá para conseguir descontos no pagamento à vista e, com o dinheiro na mão, negociar preços melhores.

Pecado nº 5: Não dar valor às moedinhas

"Posso devolver R$ 0,10 em balinhas"? Da próxima vez que você escutar essa pergunta em um supermercado ou qualquer boa casa do ramo, seja enfático: diga não. Para o consultor Rafael Paschoarelli, valorizar seus centavos pode garantir alguns reais a mais para as pequenas despesas. Se tiver dúvidas, faça um teste: em vez de deixá-las espalhadas por aí, junte todas as moedinhas que receber de troco em um cofrinho e veja o quanto terá até dezembro do ano que vem.

Pecado nº 6 : Comprar sem pechinchar

Faça uma meta para 2008: a de nunca mais comprar nada pelo preço anunciado. Depois de pesquisar o melhor preço para o produto que você deseja, negocie com o vendedor e bata o pé: ou compre por menos, ou não compre. "As lojas esperam que você peça um desconto, está embutido no preço. Claro que isso não vale para um saco de feijão, mas pechinchar faz toda a diferença", diz o professor Rafael Paschoarelli.

Pecado nº 7: Fazer mau uso do cartão de crédito

Usado de maneira inteligente, o cartão de crédito pode ser um aliado; o problema é quando os gastos saem do controle. A facilidade para fazer compras com o cartão acabam levando à armadilha de dividir tudo em parcelas e comprometer grande parte da renda por meses. "Parcele somente o inevitável: se sua geladeira quebrou e você precisa de outra rápido, talvez. Agora, para uma TV de plasma, é bem melhor juntar o dinheiro", diz o professor Rafael Paschoarelli.

Fonte: G1

Papai Noel diz ter sido demitido por dizer "ho ho ho"

Um Papai Noel em uma loja de departamentos na Austrália disse nesta quarta-feira que foi demitido por ter dito "ho ho ho" e cantado canções de Natal a crianças.

A companhia de emprego Westaff, que supre lojas com velhinhos de barba branca e roupa vermelha, orientou seus papais noéis a dizer "ha ha ha", porque a palavra "ho", que é uma gíria americana para prostituta, poderia ofender as mulheres.

No último incidente, o jornal Cairns Post afirmou que John Oakes, 70 anos, foi despedido na segunda-feira por falar "ho ho ho" e cantar a música natalina Jingle Bells .

"Eles estão tentando matar o espírito de Natal", afirmou Oakes, um humorista aposentado que foi Papai Noel por três anos.

O porta-voz da Westaff, Bert Jansz, declarou ao jornal que o empregado foi demitido por sua atitude, não por seu "ho ho ho". Segundo Jansz, os Papais Noéis da empresa não foram proibidos de usar a típica risada natalina.

Fonte: Terra

Artigo de sex shop quase deixa britânico amputado

Bombeiros foram chamados para um socorro inusitado, em Manchester, no Reino Unido: retirar uma argola de metal do pênis de um homem, segundo o jornal Metro.

O homem, que não teve o nome divulgado, foi levado para o Hospital Royal Wigan, na Grande Manchester, onde os médicos temeram ter que amputar o pênis da vítima em função do corte de irrigação sangüínea.

Diante da dificuldade dos médicos em solucionar o problema, os bombeiros foram chamados ao hospital. Com a ajuda de um pequeno amolador, eles removeram a argola.

O homem, que tem cerca de 40 anos, recebeu anestesia para que fosse feita a remoção. Além disso, uma fina folha metálica foi colocada em torno de seu pênis para protegê-lo durante a operação, que levou cerca de 20 minutos.

Fonte: Terra

domingo, 2 de dezembro de 2007

Um pouco mais sobre a TV Digital

Clique nos links abaixo e tire suas dúvidas:

O QUE ASSISTIR EM HD
TV DIGITAL TRARÁ NOVOS HÁBITOS
TV PAGA: CRONOGRAMA PRÓPRIO
TV DIGITAL: MARCO NO PAÍS
CONVERSOR: POR QUE TÃO CARO
CUIDADOS NA HORA DA COMPRA
GUIA DO UOL TECNOLOGIA
MAIS SOBRE TV DIGITAL


A IMAGEM DIGITAL

O sinal digital proporciona imagens com cores mais vivas e maior definição. Definição é o nível de detalhamento que a imagem pode possuir, medido em número de linhas horizontais (480, 720 e 1080 linhas). A definição padrão da TV analógica é de 480 linhas. Na digital, a definição máxima chega a 1.080 linhas (chamada Full HD). O formato da imagem na TV digital é widescreen (16:9), como o das telas de cinema, e não quadrado (4:3), como no sistema analógico. Além disso, não são exibidas imagens com "fantasmas" nem com "chuviscos". Mas, se o sinal estiver fraco, a TV não vai exibir imagens ruins; ela simplesmente não vai exibir nada.

O SOM DIGITAL

A TV digital terá som "Som Surround 5.1" , mais rico e transmitido em múltiplos canais. Esse tipo de som também é conhecido como "som de home theater". Na TV analógica, o som só pode ser transmitido em dois canais: mono ou estéreo.

INTERATIVIDADE E PORTABIILIDADE

A TV digital permite que as emissoras forneçam serviços interativos, semelhantes a alguns da Internet. O usuário poderá participar de enquetes, adquirir produtos, comentar notícias ou acessar guias de programação, quando houver compatibilidade com algum sistema de telecomunicação, como a banda larga, celular ou mesmo pelo telefone fixo. Mas o Ginga, software que permite a interatividade, ainda não está disponível. Portabilidade permite à transmissão do sinal a aparelhos móveis (celulares, notebooks).

MULTIPROGRAMAÇÃO

É o recurso que possibilita às emissoras transmitirem até seis programas simultaneamente. A definição das imagens vai variar conforme o número de programas exibidos. As emissoras, no entanto, não estão investindo no recurso, já que poderia haver dispersão de audiência entre os programas, o que seria incompatível com o atual modelo de negócios da TV aberta, baseado na venda de espaços publicitários.

Fonte: UOL Televisão

A TV digital estréia hoje; tire suas dúvidas sobre o novo sistema

Às 20h30 deste domingo (2), ocorrerá em São Paulo a primeira transmissão terrestre em sinal digital da TV aberta no Brasil. A transmissão marca a história da TV brasileira, que entrará, paulatinamente, em uma nova era. Para entender como isso pode afetar seu cotidiano, leia as questões abaixo e tire suas dúvidas. Mas fique tranqüilo, pois, de imediato, pouca coisa vai mudar. Nos boxes, você encontrará uma breve descrição das características da TV digital.

O que é a TV digital?

TV digital é uma nova tecnologia que possibilita às emissoras transmitirem a programação com melhor qualidade de som e imagem. As emissoras também poderão utilizar novos recursos como interatividade, exibição de informações sobre a programação, transmissão para aparelhos móveis como celulares e notebooks. Há também a possibilidade de transmitir até seis programas simultaneamente ou exibir um mesmo programa de vários ângulos- é a multiprogramação. O Ginga, software brasileiro que permite a interatividade, ainda não está pronto.

Em 2 de dezembro de 2007, a TV digital só estréia na Grande São Paulo. Quando a TV digital chegará a outras partes do Brasil?

Até meados de 2013, o sinal digital deve chegar a todo o Brasil. Veja o cronograma de implantação do sistema no site do Fórum Brasileiro do Sistema de TV Digital Terrestre.

Eu poderei receber o sinal digital na minha televisão convencional de tubo?

Sim. Para isso será necessária a aquisição de um conversor (também conhecido como set-top box) e de antena UHF, que serão conectados à TV de tubo. Neste caso, imagem e som serão equivalentes aos de um DVD. A aquisição desses aparelhos são aconselháveis para quem já não recebe uma boa imagem analógica - com "fantasmas" , por exemplo - e quer melhorar a qualidade da recepção. A imagem, no entanto, não será de alta definição, pois o conversor transforma o sinal digital em analógico, com perda de qualidade. Mas o espectador deve estar ciente de que, em aproximadamente um ano, o conversor disponível hoje no mercado deve estar obsoleto, pois serão lançados novos conversores que permitirão interatividade. O software que permitirá recursos interativos ainda está em desenvolvimento.

Se eu não adquirir um conversor, o que vai acontecer com a minha televisão de tubo a partir de domingo, dia 2, quando estréia a TV digital?

Nada. As transmissões do sinal analógico continuam até 2016. Só a partir dessa data é que todos os aparelhos terão de ser digitais.

Minha TV de plasma ou LCD já está pronta para receber o sinal digital?

Provavelmente não, pois os aparelhos com conversores embutidos só começaram a chegar ao mercado no final de novembro de 2007. Quem tiver um aparelho de plasma ou LCD também terá de adquirir um conversor para receber os canais digitais.

Quem receber o sinal digital já está recebendo programação em alta definição?

Só recepção do sinal digital não basta. A alta definição só estará disponível para quem tiver um aparelho Full HD (1.080 linhas) ou HDTV Ready (720 linhas) - este último com qualidade de imagem um pouco inferior. Quem tiver um aparelho convencional conectado a um conversor, receberá o sinal digital padrão, com imagem equivalente à de DVD. Vale lembrar que apenas parte da programação das emissoras está sendo produzida em alta definição.

Tenho um pacote digital de TV por assinatura. O que muda?

Por enquanto, nada muda. Esses canais já são digitais, mas não têm alta definição. As operadoras de TV por assinatura têm um cronograma próprio para lançar decodificadores que melhorem a definição da imagem. Se você tiver um aparelho Full HD ou HDTV Ready conectado a um conversor e sua operadora não lançar um decoder HD, você poderá assistir à TV aberta em alta definição e continuar assistindo normalmente a TV paga como já fazia. Mas será necessário trocar do decodificador para o conversor, e vice-versa, a cada vez que se quiser alternar o sistema.

Recebo o sinal de TV via parabólica. O que muda?

Nada muda. A digitalização é da televisão com sistema de transmissão terrestre.

Posso assistir à TV digital pelo celular?

O sistema digital permite que o sinal seja transmitido a aparelhos móveis de forma gratuita, mas os celulares brasileiros ainda não estão adaptados para receber esse sinal.

Poderei assistir à TV digital no computador?

Sim. Há receptores para microcomputadores, mas, por enquanto, eles são compatíveis apenas para telas de até 14 polegadas.

A programação poderá ser gravada?

A TV digital estréia sem um bloqueador de gravação. As emissoras de TV e as distribuidoras de conteúdo internacional, no entanto, pressionam o governo para que haja algum dispositivo de bloqueio. O objetivo é combater a pirataria, que poderia crescer ainda mais, pois não há perda da qualidade da imagem quando se reproduz um programa transmitido em Full HD. Segundo o Ministro das Comunicações, Hélio Costa, eventuais dispositivos de bloqueio que venham a ser implementados devem permitir a gravação e reprodução doméstica dos programas.

Fonte: UOL Televisão

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Sete entre dez notas falsas são de R$ 50

Só este ano, mais de R$ 17,6 milhões falsos já foram recolhidos pelo Banco Central.

Saiba como examinar as notas para não ficar no prejuízo: CLIQUE AQUI

Uma quadrilha falsificava dinheiro havia dois anos quando, em março deste ano, uma operação da Polícia Federal (PF) prendeu o chefe do grupo e um comparsa em Ponta Porã (MS), com R$ 592 mil em notas falsas de R$ 20.

As cédulas eram produzidas na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero e seu principal destino era Brasília, onde distribuidores locais compravam três notas falsas com uma verdadeira.

O caso é uma exceção pelo porte da apreensão, mas, em menores quantidades, a circulação de dinheiro falso é bastante comum no país. Em 2007, até o final de outubro, a PF abriu mais de 5 mil inquéritos para crimes de produção e distribuição de moeda falsificada – em 2006, foram 6.809. O Banco Central (BC), por sua vez, recolheu R$ 17,6 milhões em dinheiro falso entre 1º de janeiro e 5 de novembro deste ano.

Ressarcimento

Qualquer agência bancária está habilitada a recolher dinheiro suspeito e enviá-lo para o BC para investigação, mas, caso seja confirmada a fraude, não há ressarcimento. Assim, a única solução para não ser vítima dos falsificadores é ficar atento. “Falsificação de dinheiro ocorre no mundo todo, e as pessoas têm de deixar de ficar constrangidas e verificar as cédulas no momento em que as recebem”, comenta o chefe do Departamento de Meio Circulante do BC, João Figueiredo. “Em 2005, fizemos uma pesquisa e descobrimos que 60% dos brasileiros não conferem as notas”. Figueiredo recomenda reservar algum tempo para observar com atenção as cédulas, familiarizando-se com suas características Do começo do ano até 5 de novembro, o BC havia recebido 458 mil cédulas falsas, das quais cerca de 70% eram de R$ 50. Portanto, ao receber uma cédula desse valor, a atenção deve ser redobrada. Mas, como explica Figueiredo, o único dinheiro que pode ser recebido sem maiores preocupações são as moedas, cujo valor de face é muito baixo para tornar a falsificação rentável. “Se chegaram mil moedas falsas ao BC neste ano, é muito. Não vale a pena, pois a produção é muito cara”, comenta.

Bancos

Segundo o BC, 80% do total do dinheiro falso recolhido no país é enviado ao órgão pelos bancos. Os funcionários das instituições bancárias são treinados para reconhecer cédulas suspeitas e tirá-las de circulação.

O superintendente de Comunicação Social da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), William Salazar, assegura ser pouco provável que uma nota falsa, na eventualidade de não ser notada pelo caixa da agência, passe despercebida pela tesouraria das instituições financeiras, na contagem feita no fim do expediente.

A possibilidade de se sacar uma nota falsa num caixa eletrônico, portanto, também seria reduzida. “Só se ela for trocada no momento em que o caixa é alimentado”, aponta Salazar. “Mas, em cinco anos na Febraban, só ouvi falar de dois casos como esse”. Se, contudo, uma cédula suspeita for sacada de uma máquina dentro de uma agência bancária, durante o expediente, o procedimento recomendado pelo BC é imprimir um extrato que comprove o saque, de preferência no mesmo terminal, e pedir providências ao gerente da agência.

Se ele não resolver o problema, o cliente deve procurar uma delegacia policial para registrar ocorrência. Se o saque for feito fora da agência ou do horário de expediente, o cliente deve procurar a polícia diretamente, munido de extrato. Boatos de que os bancos não tirariam dinheiro falso de circulação para evitar perdas são rejeitados pela Febraban e pelo BC. “Isso é uma calúnia”, responde Salazar. “É ridículo dizer isso, pois seria uma atividade criminosa que não interessa aos bancos”, corrobora Figueiredo, do BC.

Equipamento antifraude

Embora, segundo o chefe do Departamento de Meio Circulante do BC, uma análise a olho nu permita identificar notas falsificadas com grande precisão, existem no mercado equipamentos para fazê-lo com maior acuidade, com preços que variam de R$ 6,50 a R$ 1490.

A empresa Money Test, de Carapicuíba (SP), fabrica esse tipo de produto há sete anos. O modelo mais barato é a caneta com reagente que identifica o papel de segurança usado pela Casa da Moeda. Esse reagente, no entanto, não acusa notas falsificadas por meio da técnica de lavagem, em que cédulas verdadeiras de valor baixo são branqueadas quimicamente para reimpressão com valor maior.

Por outro lado, segundo o BC, essa prática está se tornando rara porque, apesar de se manter a marca d'água, que, de outra forma, é impossível de se reproduzir com equipamento comum, o resultado da impressão geralmente deixa a desejar. O modelo mais caro da empresa (R$ 1.490) é uma câmera com lente de aumento, que permite observar os detalhes de cédulas, cheques e documentos numa tela de cristal líquido. Segundo o fabricante, o grau de confiabilidade é de 100%.

Fonte: G1

domingo, 25 de novembro de 2007

Indústria ainda testa equipamentos e venderá aparelhos sem interatividade

Os conversores e televisores digitais encontrados nas lojas a partir da semana que vem virão sem interatividade plena -possibilidade de o espectador enviar informações às emissoras em testes ou escolhas do final de programas, por exemplo.

O coordenador do desenvolvimento do Ginga, software que permite a interatividade, Guido Lemos, da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), diz que as indústrias estão em fase de finalização e testes do software nos receptores, por isso não deve haver equipamentos completos no dia 2.

Segundo Lemos, o software está pronto, ao contrário do que dizem alguns fabricantes, mas é preciso fazer adaptações para produzir em escala industrial. "No momento, há pelo menos cinco empresas tentando desenvolver o Ginga no menor período possível."

Mesmo assim, ele acredita que vale a pena comprar o conversor incompleto -sem permitir o envio de informações entre telespectador e emissora. "Se eu morasse em São Paulo e tivesse condições financeiras, iria comprar o conversor."

A interatividade remota, que permite o acesso a informações enviadas pelas emissoras, como a escalação de um time que está jogando, estará disponível nesses primeiros aparelhos.

Mas para não ficar com um equipamento defasado, o coordenador de TV Digital da Universidade Mackenzie, Gunnar Bendicks, orienta o consumidor a se certificar de que há possibilidade de atualização do equipamento com o Ginga. No entanto, nenhum dos fabricantes consultados e que vai comercializar receptores ou TVs tem essa opção.

O vice-presidente de novos mercados da Samsung, Benjamin Sicsú, concorda que a falta de interatividade deve ficar clara para o consumidor. "Vem outro modelo com interatividade e o consumidor tem de saber disso."

Segundo Roberto Barbieri, diretor da Semp Toshiba, "até agora não está claro o hardware que será usado" para a interatividade plena, por isso os conversores da empresa não poderão ser atualizados.

Essa interação total também depende de um canal de comunicação com o telespectador, como internet ou telefone. Esse é outro dos entraves apontados pelos fabricantes para viabilizar a interatividade plena.

Lemos acredita que o uso dessa comunicação pelas emissoras vai impulsionar as vendas dos equipamentos: o consumidor verá mais diferenças entre as duas TVs e terá mais vontade de comprar a digital.

Para ele, o principal motivo de o preço dos conversores ficar tão acima da expectativa do governo, de R$ 200, é o pouco tempo para desenvolver tecnologia e testar os equipamentos. "Tem fabricante que não está lançando modelos porque não tem segurança na máquina."

Sicsú afirma que a indústria ainda está fazendo ajustes nos equipamentos. "Está todo mundo apanhando ainda."

Essa incerteza também teria levado a um conservadorismo da indústria no volume de equipamentos produzidos. "Alguns fabricantes finalizaram as caixas [conversores] e nem houve testes. Depois que isso ocorrer é que vão aumentar a produção", diz Lemos.

Segundo ele, "a previsão do ministro Hélio Costa [Comunicações] não é maluca: há possibilidade de o preço do conversor chegar a US$ 50 [R$ 90]", mas em quatro anos.

Sicsú aponta o pequeno número de fornecedores dos componentes dos conversores para o encarecimento do produto. "À medida que a produção aumentar, o custo será reduzido".

Fonte: Folha de S.Paulo

Conversor digital chega ao varejo na 2ª

Três fabricantes vão oferecer também a TV com o aparelho já embutido; especialistas indicam melhor opção para cada caso

Sinal digital começa a ser transmitido oficialmente no próximo dia 2, apenas na Grande SP, mas o analógico ainda permanece até 2016

Os primeiros aparelhos de TV já prontos para receber o sinal digital começam a chegar às lojas na próxima semana, às vésperas do lançamento da TV digital no Brasil, em 2 de dezembro, considerado o terceiro marco após o início das transmissões, em 1950, e da TV em cores, em 1972.

Só três fabricantes, entre as empresas consultadas pela Folha, confirmam a produção de aparelhos com os conversores digitais já embutidos. Também chegam ao varejo os conversores para permitir que as TVs já disponíveis no mercado recebam o sinal digital dentro do padrão japonês, o escolhido pelo governo federal após uma disputa com os padrões europeu e americano.

As transmissões digitais começarão pela Grande São Paulo. A previsão é que, até 2013, chegue a todos os municípios. Porém, o sinal analógico continuará a ser transmitido até 2016, por isso não há pressa para a troca ou adaptação dos aparelhos.

No entanto, quem optar pela migração terá imagem com qualidade de DVD, dizem especialistas, mesmo se não tiver uma TV de alta definição (com 1.080 linhas). "O limite de qualidade da imagem será as linhas da TV, mas a imagem será melhorada porque não haverá fantasmas", diz o coordenador do Laboratório de Vídeo Digital da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), Guido Lemos.

É preciso lembrar que, para captar o sinal digital, será preciso ter uma antena UHF interna ou externa.

A Philips é o único fabricante, até agora, que vai oferecer TVs e conversores. Walter Duran, diretor de tecnologia da empresa para a América Latina, admite que os equipamentos estão caros, mas ressalta que "tem que iniciar a venda, gerar demanda, para baratear".

A Samsung optou por fabricar apenas as TVs. A diferença de preço entre um modelo semelhante da empresa e aquele com conversor embutido, de acordo com Benjamin Sicsú, vice-presidente da Samsung para Novos Negócios da América Latina, fica em torno de 15%. O diretor da Philips preferiu dizer apenas que a diferença seria "mais ou menos" o valor do conversor. A LG também terá TVs com conversores embutidos, mas não divulgou o preço.

Público-alvo

Esse custo alto de lançamento dos conversores vai determinar o público-alvo. "Quem comprará nesse primeiro momento serão os consumidores de tecnologia, que querem as novidades primeiro, e as pessoas que têm mais de uma TV em casa", diz Lemos.

A escolha do conversor com melhor custo/benefício para cada caso vai depender do tipo da televisão. A qualidade da imagem é definida pelo número de linhas, quanto mais linhas, maior a definição. Um conversor para TVs de 1.080 linhas, por exemplo, vai oferecer uma boa imagem se acoplado a um aparelho de 480 linhas, mas essa ligação não vai ser satisfatória na situação inversa.

Para Sicsú, quem tem TV de tubo "deve comprar um conversor exatamente no limite da TV que tem". Como a resolução desse aparelho é de 480 linhas, os conversores mais baratos alcançarão a qualidade de imagem máxima. "O que tiver a mais [de resolução] a TV não vai utilizar", ressaltou.

Já quem tem TV de LCD ou plasma deve "obrigatoriamente" comprar o conversor de 1.080 linhas, diz o coordenador de TV Digital da Universidade Mackenzie, Gunnar Bendicks. Esses aparelhos têm pelo menos 720 linhas de resolução, por isso precisam de conversores melhores para alcançar maior qualidade de imagem.

"O problema é saber se o consumidor vai querer pagar essa melhoria", questiona Sicsú. Para ele, "o preço do conversor vai cair", e o próximo passo das indústrias é lançar TVs menores, voltadas para a classe média.

Um dos representantes dos fabricantes consultados, que não quis se identificar, chegou a afirmar que não via vantagens em comprar logo uma TV com o conversor embutido porque quando a interatividade plena for possível, provavelmente no final do próximo ano, o televisor terá que ser novamente trocado para usufruir dessa interação.

Assim como os da Philips e da Positivo, os conversores da CCE (disponíveis só em 2008), da Gradiente e da Semp Toshiba serão compatíveis com televisores de todos os fabricantes, enquanto a Sony optou por produzir um aparelho que só pode ser conectado às TVs de uma de suas linhas (Bravia).

Na próxima semana, os fabricantes devem se reunir com o governo federal para discutir formas de baratear os conversores, o que deve acontecer com incentivos fiscais e o aumento da demanda.

A ameaça do presidente Lula de estimular a importação dos conversores, para forçar a redução, é considerada inócua pela indústria porque o Brasil escolheu um sistema tecnológico com especificidades que não existem em outros países.

O ministro Hélio Costa (Comunicações) já afirmou várias vezes que seria possível vender o aparelho por R$ 200.

Fonte: Folha de S.Paulo

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

10 coisas que você precisa saber sobre a TV Digital

A TV digital chegará em dezembro a São Paulo sem um dos seus principais atrativos: a interatividade. Sem a definição dos padrões do middleware, sistema operacional da televisão digital, a tendência é que a indústria lance apenas um conversor simples até o fim do ano.

Mas muita gente que ainda não sabe o que é a TV Digital. Veja abaixo 10 coisas que você precisa saber sobre antes de aderir ao novo sistema.

1. Afinal, o que é TV digital?

A TV digital proporciona imagem com maior definição (a resolução média da TV analógica é de 480 linhas, enquanto na digital é de 1.080 linhas) e cores mais vivas, além de som mais rico (a transmissão suporta até seis canais de som - Dolby Digital -, enquanto a analógica suporta somente dois - mono e estéreo).

O formato da imagem no sistema digital é widescreen (16:9), como a tela de cinema, diferente do padrão analógico (4:3). Enquanto no sistema analógico a emissora pode enviar apenas um programa por vez, no digital é possível enviar até seis programas simultaneamente, permitindo variar a programação ou oferecer uma experiência mais rica, como assistir um jogo a partir de câmeras diferentes.

Além disso, é possível receber informações junto com a programação, como detalhes do que aconteceu no último capítulo da novela, dados estatísticos em um jogo de futebol ou a sinopse de um filme. Por fim, é possível interagir com a programação, votando no time mais cotado para ganhar uma partida pelo controle remoto, por exemplo.

2. Eu vou ter de trocar a minha TV por uma nova?

Não. Você poderá adquirir um adaptador, conhecido como set-top box, que permitirá que a TV que você tem em casa receba o sinal digital. Qualquer televisor será compatível com o aparelho, desde que tenha entrada para DVD ou aparelho de videocassete. Porém, se você quiser assistir à TV digital em alta definição, que exige mais linhas de resolução, terá que adquirir um novo aparelho compatível com HDTV (High Definition Television).

3. Minha antena de TV vai para o lixo?

Não, o sistema brasileiro foi desenvolvido de forma a aproveitar as antenas externas e internas para a recepção do sinal, tanto as que recebem sinal em UHF, quanto as parabólicas, que operam na banda C.

4. Quando vai custar o set-top box?

O preço do set-top box para o consumidor hoje, segundo estimativa do LSI (Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), seria de cerca de 500 reais, com recursos de interatividade, compatibilidade com alta definição e suporte ao formato MPEG-4. Já segundo dados do CPqD, o custo médio de um conversor no Brasil hoje seria de 400 a 800 reais - de acordo com os recursos disponíveis em cada modelo -, mas poderia chegar a uma faixa de 300 a 700 até a data de início do funcionamento da TV digital no País.

5. Quais as vantagens de ter uma TV ou um adaptador para TV digital?

Nenhuma, a qualidade de imagem é a mesma. A única diferença é que a TV digital traz o adaptador embutido.

6. Acabei de comprar uma TV de plasma ou uma TV LCD. Elas estão prontas para a TV digital?

Não necessariamente. As TVs de LCD e plasma, em geral, possuem a definição mais adequada para a TV digital, o que significa que a imagem será melhor. Mas para receber o sinal digital será preciso adquirir o conversor ou set-top box. Além disso, para receber conteúdo em alta definição, o aparelho deve ser compatível com HDTV (High Definition Television), ou seja, trazer 1.080 linhas de resolução.

7. Vou poder assistir à TV digital no meu computador?

Sim, já está sendo desenvolvendo um chip que poderá ser acoplado ao desktop ou ao notebook para receber o sinal digital, com custo médio de 50 dólares (130 reais).

8. Vou poder assistir à TV digital no meu celular? Vai ser paga?

Tecnicamente sim e sem nenhum custo (pois a TV aberta é gratuita), mas o modelo de negócio ainda precisa ser definido e isso vai depender de decisões regulatórias do governo e do diálogo entre as indústrias de radiodifusão e telecomunicações.

9. Todos os canais disponíveis na TV aberta hoje vão estar disponíveis de imediato em sinal digital?

Não necessariamente. Para migrar para o sistema digital, as emissoras terão que investir na troca de equipamentos, portanto provavelmente as empresas com mais recursos migrarão primeiro.

10. Se eu não comprar o conversor, não vou mais poder assistir a TV aberta?

Você poderá assistir normalmente a programação aberta na sua TV atual, pois a previsão de tempo para migração do sistema analógico para o digital é de 10 anos. Até lá, as emissoras são obrigadas a manter a transmissão analógica.

domingo, 18 de novembro de 2007

Internautas têm em média 6,5 senhas

Hoje, são raras as operações - no trabalho, nas comunicação, com dinheiro, ou relacionamentos - realizadas com sucesso sem a senha certa para cada uma delas.

Conseqüência quase inevitável da digitalização da vida, cada usuário da rede possui em média 6,5 senhas e 25 contas que requerem essas senhas, segundo um estudo da Microsoft sobre hábitos na internet.

Outra pesquisa feita pela empresa americana de segurança tecnológica RSA relata que 36% dos funcionários de empresas têm de administrar entre seis e 15 senhas, e 82% deles se dizem frustrados por não conseguirem administrar direito esses códigos todos.

Pois atire a primeira tecla aquele que nunca perdeu a sua. A comunidade "esqueci minha senha de novo", criada pelo designer Roberto Carlos Zamariola, 37, no Orkut, tem cerca de 1.300 esquecidos que trocam dicas para evitar o problema.

"Não imaginava que tanta gente tinha o mesmo problema", diz Roberto.

O inferno são as senhas

E nas costas de quem esse exército do "deu branco" pode jogar a culpa? "O que faz crescer o uso das senhas, em um mundo centrado na internet, é a importância da informação, que pode valer mais do que o dinheiro. Assim como preciso de senha para acessar meu dinheiro no banco, preciso também de uma chave para minhas informações", diz o coordenador do curso de Ciência da Computação da PUC-SP, Daniel Couto Gatti, com "mais de 30 senhas" declaradas.

Nem a sumidade da memória no Brasil, o coordenador do Centro de Memória da PUC-RS, Iván Izquierdo, 70, escapa dessa maldição. Para ele, é impossível decorar seqüências aleatórias sem escrever, por isso prefere anotar os cerca de 40 códigos que precisa usar todos os dias. Quando isso não acontece, Izquierdo recorre sem pestanejar à ferramenta dos sites que devolvem ao usuário esquecido a informação perdida.

Segundo Paulo Bertolucci, professor de neurologia do comportamento da Unifesp, decorar é possível desde que sejam criadas estratégias que relacionem as senhas a informações conhecidas. "A memória é associativa. São poucas e invejáveis as pessoas que conseguem decorar longas séries de números ao acaso."

Esqueci a minha senha

Milhares de combinações que se perdem todos os dias. É difícil estimar quantas são, mas no call-center do provedor UOL, por exemplo, das 500 mil ligações mensais recebidas, de 35 mil a 50 mil são de usuários que perderam suas senhas.

No Terra, as ligações para troca de senhas somam 62 mil por mês, 12% do total de atendimentos. A maioria por esquecimento. Nos portais iG, iBest e Br Turbo, em setembro foram registradas 7.549 reclamações referentes a senhas e, em outubro, 5.317. Entre elas, 80% se resumiam ao "esqueci a minha senha".

Para evitar fundir a cuca com a profusão de sites, e-mails, aplicativos de computador e serviços bancários que exigem códigos de acesso, a maioria das pessoas constrói uma associação sentimental para a combinação numérica, acreditando que assim possa ser fácil lembrar.

Uma pesquisa da Universidade do Estado de Wichita (EUA) mostrou que 54,9% das pessoas usam palavras com significado pessoal, como os nomes de seus filhos, pets ou ruas, enquanto 49,8% usam números significativos como aniversários ou números de telefones.

Exatamente o contrário do que recomendam os especialistas. "Por "forte", entende-se uma senha que não tenha relação direta com os dados da pessoa: idade, nascimento, nome de trás para frente e outras coisas meio bobas assim", afirma Demi Getschko, professor do curso de Ciência da Computação da PUC-SP.

Pena que as senhas consideradas fortes ou seguras são também as mais difíceis de decorar. As melhores seriam aquelas formadas por números, letras e sinais escolhidos aleatoriamente. Nos bancos, como as senhas eram limitadas a números, foram criadas novas formas de proteção, como os cartões com chaves de segurança e os chaveirinhos de senhas, os tokens (dispositivo eletrônico que gera novas combinações de senhas em questão de segundos).

Mesmo com toda a precaução, às vezes é impossível evitar uma invasão. A atriz Leandra Leal, 25, cuida para não criar senhas óbvias ("não uso data de aniversário") e não acessa computadores públicos. Ainda assim, há dois anos recebeu uma ligação do banco querendo saber se estava fazendo a limpa na própria conta. "Rolou um vírus no meu computador. E então eles descobriram um hacker, que deve ter roubado minhas senhas, e estava rapando a minha conta."

Infância eletrônica

Se proteger o computador não é tão fácil, decorar é mole para Leandra, assim como para o colega Caco Ciocler, 33, que acha mais simples gravar números do os que textos da novela. O ator, ex-estudante de engenharia, tem até uma regrinha para guardar senhas.

"Faço uma matemática. Escolho uma data e em um número somo tanto, no outro multiplico outro tanto... É quase uma equação." A cabeça boa só não funciona na hora de decorar nomes ou as histórias dos filmes que acabou de ver. "Gasto tanto espaço com senhas e números que não sobra para o resto."

Na prática não é bem assim. Para quem acha que tanta informação não vai caber no cérebro, é preciso entender que há vários tipos de memória. Há uma memória de trabalho, que guarda informações por poucos segundos. A de curta duração fica por cerca de seis horas e a de longa duração pode durar décadas. Há também memórias que desaparecem por falta de utilização.

As informações que recebemos através dos sentidos são armazenadas em redes formadas por neurônios de diferentes regiões do cérebro. Cada rede corresponde a uma memória. E a capacidade de combinação entre essas conexões é infinita.

Ao mesmo tempo, é possível dizer que a memória ocupa espaço, pois há um número limitado de circuitos neuronais disponíveis. Ou seja, o cérebro precisa perder informações para ganhar outras.

Abre-te sésamo do mundo moderno, as senhas ainda devem fazer parte (chata) de nossas vidas por muito tempo. A biometria (controle de acesso por características físicas como impressão digital ou íris) ainda é um futuro distante, dizem os especialistas.

"Estamos na idade da pedra digital e as senhas são fruto da nossa infância eletrônica", decreta o professor Wilson Vicente Ruggiero, diretor do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da USP. Por um bom tempo, então, códigos pessoais serão objeto de desejo tanto de hackers como de namoradas e namorados ciumentos.

Gabriela de Araújo, 11, acaba de trocar a senha do Orkut, que uma amiga descobriu "pra ficar bagunçando". Agora, digita as senhas com uma mão enquanto tapa o segredo com a outra.

Tem medo de ter a senha seqüestrada de novo, mas ela mesma já tentou roubar a do irmão "pra saber se ele tá namorando".

À turma de Gabriela, vítima de gaiatos tecnológicos, podem cair bem as recomendações lançadas pela Universidade de Michigan, nos EUA, que indica aos seus estudantes um mandamento básico para manter o que se deseja - conta bancária ou vida amorosa - em sigilo.

"Trate as senhas como a sua roupa de baixo: não empreste para os amigos, não deixe largada por aí e troque sempre que possível."

Fonte: Adriana Küchler da Revista da Folha / Colaborou Gustavo Fioratti